EU PINTO O QUE NÃO EXISTE MAIS, E ISTO É MUITO IMPORTANTE PARA O MEU POVO. AS MÁSCARAS DE RITUAL, OS POTES QUE MINHA AVÓ USAVA NA ALDEIA E QUE OS TUKANO NÃO FAZEM MAIS. TAMBÉM PINTO AS LEMBRANÇAS DA MINHA INFÂNCIA NA ALDEIA. ELAS SÓ EXISTEM NA MINHA MEMÓRIA, NO MEU IMAGINÁRIO. PINTO PARA NÃO DEIXAR A MINHA CULTURA MORRER.
– DUHIGÓ



Estamos vivendo em um momento histórico, em que há um movimento energético na arte contêmporanea, com uma enorme visibilidade das artes e dos realizadores indígenas. Nesse caminho, a Alameda das Artes se tornará um espaço em diálogo com as artes originárias.


A exposição individual “Origens”, da artista Duhigó está inserida neste contexo. A mostra contará com 08 impressões digitais ampliadas em tecido, distribuídas em 64 metros de extensão.




DUHIGÓ:

mulher, indígena do Povo Tukano, amazônica, mãe, avó e agora Mestra das Artes Visuais 2023, prêmio recém concedido pelo Governo Federal via Funarte. É essa artista, que traz a ancestralidade de seu povo para suas pinturas, que escolhemos homenagear nesta nova edição da Alameda das Artes.

Em constante desafio, ela integra técnicas e lembranças do seu próprio passado que as faz conviver em instigante harmonia com o presente. Sua obra rigorosa e pulsante, revela suas origens, com o olhar atento e cuidadoso, manuseia o pincel e fragmenta lembranças para reuni-las novamente em telas. O resultado é uma pintura transformada em experiência – um convite à contemplação e à arte originária amazônica.

O conceito de origem sempre chamou a atenção de historiadores e antropólogos. Martin Heidegger a define como “a proveniência da sua essência”, ou seja, o ser humano está relacionado à sua origem e como essa relação molda a experiência humana a partir de sociedades, culturas, práticas e tradições.

A exposição “ORIGENS”, propõe um mergulho à cultura ancestral da Amazônia sob a perspectiva indígena, através da apresentação de 09 obras impressas em tecido e ampliadas a partir das originais, trazendo representações do cotidiano dos povos indígenas, seus artefatos e elementos mitológicos. Duhigó está apressada! Seu desejo é registrar a memória dos indígenas Tukano e da natureza amazônica presentes em suas lembranças de infância antes que, conforme ela expressa, “tudo desapareça”.

A Alameda das as Artes proporcionará à todos os visitantes, uma jornada enriquecedora pelo universo amazônico desta artista que iniciou sua carreira artística aos 45 anos e, agora, aos 66 anos, enaltece a arte brasileira com sua obra, contribuindo para que o futuro seja verdadeiramente ancestral.

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